GOOD BYE VANCOUVER

06/09/2013 19:27

Passamos ao todo 4 dias e 4 noites em Vancouver, tendo em mente varios aspectos positivos e com a impressão de que poderiamos ficar alguns dias a mais. Vancouver é jovem, moderna, e oferece many coisas para fazer.

Vancouver é multimodal. Para passar de Vancouver Downtown a Vancouver North, você pode: ir de seabus (onibus no mar), ir de helicoptero ( a base fica dentro da estação de metro), fazer um seaflight (aviao que pousa e decola do mar), passar a ponte de carro, pegar um barco.

Vancouver é generosa: baseado na confiança entre as pessoas, a maioria dos metros fica aberto. As pessoas pagam o bilhete, validam, e passam pela roleta que ja estava aberta. Nos pegamos um daypass, a 10CAD cada e que da a opçao de pegar o skytrain (trem rapido que passa em um trilho elevado da cidade), metro, onibus, seabus, trem para aeroporto, quantas vezes vc quiser.

Vancouver é sem preconceitos: uma das coisas que nos impressionou foi a concentração extremamente localizada dos drogados, "loucos" e marginais da cidade. E como se toda a cidade parecesse perfeita: tudo limpo,  bonito,  moderno, verde. Tudo em perfeita harmonia (parques e predios). Somente uma rua é completamente o inverso. A Hasting street, que passa em pleno centro da cidade é cheia de pessoas marginalizadas e que vivem realmente em um outro mundo. O governo instalou centros de ajuda aos drogados (distribuição de seringas). Os guardas estão sempre rodeando de bicicleta. Os guias voluntarios de turismo consideram que é melhor passar longe. Nos não nos aventuramos de noite, mas resolvemos ver o que tinha nessa rua durante o dia. Era uma mistura de Christiane F com um hospicio à céu aberto. Não nos sentimos seguros, então mudamos de direção rapidamente. Os nativos afirmam que não ha ataques à mão armada e que mesmo se eles são marginalizados, não são violentos.

Vancouver é cosmopolita: Varias caras e gostos, trazendo uma ambição natural e uma constribuição riquissima para o desenvolvimento da metropole. Porém, uma coisa nos atirou a atenção. Como em todas as grandes cidades, existe uma Chinatown pertinho da Hasting Street, no centro da cidade. Rodamos durante algumas horas para achar o que comer perto do meio dia.

Em uma das interpelaçoões de uma guarda municipal, que pediu de onde vinhamos e logo nos mandou para longe da Hasting street, descobrimos um supermercado (nossos dias têm sido alimentados por piqueniques), ainda em Chinatown. Entramos e descobrimos um enorme centro de comida chinesa, com varias opções diferentes (por kilo, por marmita, para comer no local, etc), onde varios produtos chineses se misturavam com produtos canadenses.

Ao pedir um pouco de arroz cantonês e macarrão frito, percebi que a vendedora nao falava inglês. Olhando em todo lugar, vimos, enquanto degustavamos varios petiscos chineses, que todos os que trabalhavam no lugar eram chineses, e que até os anuncios nos microfones eram falados em chinês. Começamos então a falar do assunto. Goulven, que nunca tinha visto uma Chinatown, tinha ainda os olhos novos (a que a gente perde quando viaja demais, e que é uma pena) e me fez perguntas que eu não soube responder mas que ja tinha me passado pela cabeça especialmente quando visitei a Chinatown em NY. Como pode um povo criar colônias chinesas dentro dos centros das maiores cidades do mundo? Como podem obter vistos de trabalho, comprar supermercados, predios, mesmo colocar nome de ruas em chinês? Como eles entram nos paises e se desenvolvem de uma forma tão rapida e tao fechada dentro da cultura deles? Goulven me fez ver mesmo assim que os chineses são um povo facil: eles não fazem barulho, não incomodam, e trabalham. Todos trabalham. Ok, mas onde os chineses gastam os dolares que deixamos nas suas lojas? Eles compram o que vendem. Espertos, esses chineses. Em todo caso, estavamos, por algumas horas, na China. Um pouco mais tarde e falando cm canadenses e Americanos, descobrimos que os chineses chegaram para a construção da ferrovia, e foram ficando, ficando, até construir uma China, na América.

 

Vancouver é hospitaleira: varios pontos de informação para visitantes e viajantes existem por toda a parte. Geralmente eles estão de camiseta azul, e são todos voluntarios. A idéia é de mostrar o quanto eles gostam de habitar na cidade, e também de promover um turismo consciente. Existe também um concurso anual do melhor "host" do ano entre os habitantes de Vancouver.  O ambiente agradavel esta até dentro dos ônibus  (ao todo pegamos uns 30 ) onde o bom humor dos motoristas é geral.